15 de abr. de 2012

Ode a amizade, tesouro inestimável!

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"Um amigo fiel é um poderoso refúgio, quem o descobriu descobriu um tesouro. Um amigo fiel não tem preço, é imponderável o seu valor. Um amigo fiel é um bálsamo vital e os que temem o Senhor o encontrarão. Aquele que teme ao Senhor faz amigos verdadeiros, pois tal como ele é, assim é seu amigo". (Eclesiástico 6,14-17)


Esta foi uma semana rodeada de amigos novos e velhos, que se fizeram presentes de tantas maneiras quantas possíveis em nossa era: facebook, email, almoços, jantares e cafés da tarde, e até sonhos. Foi uma semana que culminou em encontros, sorrisos, e conversas sobre a vida e sua imprevisibilidade. 

Olhamos juntos para um almoço cerca de 7 anos atrás e nos surpreendemos com o quanto mudamos. As dores e as vitórias estampadas nas histórias (e sim nas rugas e cabelos brancos que começam a aparecer rs) de cada um de nós... separações, casamentos, nascimentos, relacionamentos, viagens, retornos, encontros consigo mesmo, desempregos, empregos, desilusões, negócios... e, em meio a tudo isso, a presença as vezes discreta, as vezes próxima, as vezes longínqua, mas sempre marcante daqueles que a vida escolheu para ensinar que o amor existe por meio da amizade.

Voltei para casa com um filme belo-triste (como no texto de Rubem Alves) passando pela minha cabeça, mas principalmente pelo meu peito. Lembrei de momentos que só se repetirão na minha memória, de pessoas que seguiram outros caminhos mas nem por isso foram menos importantes, de pessoas que estão em lugares distantes mas próximas do coração, daquelas que foram importantes, dos que embora tenham entrado na história recentemente já fazem a diferença, daquelas cuja conexão foi instantânea e inesquecível, e destes que continuam por perto apesar de tudo o mais que passa.

Fiquei grata pelo tesouro que recebi, pelo refúgio que encontrei e encontro, pela riqueza e diversidade que partilhei e compartilho, pelo bálsamo que foi tão restaurador e ainda o é. Ao olhar para trás e para meu presente fico feliz de reconhecer amigos verdadeiros; de perceber que eu soube cativar e me deixar cativar (como a raposa do pequeno príncipe), que eu soube cultivar e também fui cultivada, que eu soube derramar a minha alma e acolher a do outro. Fico feliz de perceber amigos que se tornaram irmãos, irmãos que se tornaram amigos, amigos que se tornaram amores, amores que se tornaram amigos, amigos que trouxeram novos amigos,  e amigos improváveis, entre tantos amigos. E fico feliz de saber que certamente, apesar dos meus defeitos, inseguranças, mudanças, teimosias e loucuras, sou querida e amada como quero bem e amo estes seres humanos preciosos. 

Espero que meus amigos realmente saibam o quanto os aprecio, o quanto agradeço por sua presença em minha vida e quanto oro por sua felicidade. E espero não me esquecer no meu caminhar, tanto de abrir portas para novos encontros como de preparar a mesa para reencontros. Feliz aquele cuja alma está aberta para ter amigos fiéis, mas acima de tudo que está disposto a ser um amigo fiel, sua recompensa será uma vida mais alegre, leve e completa.

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