3 de abr. de 2012

Ser generoso nunca é demais

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A Anthon Berg (http://www.anthonberg.com/) - empresa dinamarquesa de chocolates - lançou uma campanha de marketing e responsabilidade social fantástica estimulando as pessoas a serem mais generosas umas com as outras: You can never be too generous (Ser generoso nunca é demais).


A ideia de que “gentileza gera gentileza” não é nova. Mas a empresa foi mais longe. Criou uma loja que durante um dia vendeu caixas de chocolate em troca de generosidades. O vídeo explicando brevemente a ação e os resultados (em inglês) é este aqui:

Sim, a campanha tem indubitavelmente cunho comercial. Promove e valoriza positivamente a marca, estimula a degustação e fidelização dos clientes, divulga globalmente por meio das redes sociais o produto e a empresa - que abre espaço para novos mercados -, enfim, movimentos que comprovadamente já estão resultando em mídia espontânea e certamente, resultarão em vendas.

Mas o cunho comercial não invalida a responsabilidade social, muito pelo contrário. A campanha promove o desenvolvimento de valores positivos, e de maneira simples e prática faz com que as pessoas reflitam sobre suas atitudes e as mudem efetivamente em curto prazo. A comunicação segue o entendimento da empresa do conceito de responsabilidade social - um em que os benefícios sociais e comerciais convergem.

Trabalho com Responsabilidade Social há 13 anos, e realmente acredito que é possível ganhar dinheiro promovendo valores positivos, colocando o ser humano em primeiro plano, criando mudanças que beneficiam as pessoas e o mundo em que vivemos. Mas conheço muitos céticos (tanto no meio corporativo, quanto no Terceiro Setor ou no ambiente acadêmico) que não entendem o potencial dessa abordagem. Pessoas (porque organizações não são mais que um bando delas) que preferem brigar pelo próprio ponto reduzido de vista, a colaborar para solucionar pequenos e grandes problemas que no final afligem e impactam a todos.

Também acredito que é possível ser generoso, gentil, honesto e criar um agora e um mundo melhor. Tanto quanto acredito que somos capazes de cometer atrocidades. E, embora estejamos cheios destes exemplos negativos na mídia, prefiro focar nos positivos e na esperança. Prefiro arriscar as conseqüências de ser a mudança que eu gostaria de ver no mundo, como disse Gandhi, e de promover aquilo que existe de bom. Porque, no final, vivemos em um mundo paradoxal e complexo, que reflete os seres paradoxais e complexos que somos; e aquilo que criamos depende das nossas escolhas, muito mais que das nossas oportunidades.

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