Para alguns pode parecer paradoxal. “Sangue? Agulha? Alegria? Eu hein?!”. Mas para mim, doar sangue é prazer, cidadania, oportunidade de salvar vidas. E confesso, ainda tenho a esperança de que um dia, seja esse o significado para muito mais pessoas.
Além do mais, eu doo porque sangue não brota em bica d’água. Eu doo apesar da agulha, apesar de já ter ficado com hematoma e de já ter desmaiado. Eu doo sangue porque qualquer incômodo passa rápido em comparação com uma vida que permanece. E depois de algumas vezes nada disso volta a incomodar ou mesmo acontecer.
Eu doo de forma voluntária, de graça mesmo! Não preciso de troca, desconto, benefício, muito menos de dinheiro. Meu sangue não está à venda. Qual valor pagaria o custo de uma vida?
Eu também prefiro doar para desconhecidos. Além da tranqüilidade de não ter ninguém que eu conheça precisando de sangue, gosto de pensar que se todos fizessem o mesmo, num momento de necessidade ninguém precisaria entrar em desespero para conseguir doadores de reposição. Nenhuma cirurgia importante seria adiada, nenhuma emergência correria o risco de ficar descoberta.
E eu doo regularmente de 02 a 03 vezes por ano, porque em nosso país apenas 1.8% da população é doadora. E tem sido assim pelos últimos 10 anos. Eu também doo consciente. Sigo as regras, e procuro me informar sobre as razões científicas para impedimentos temporários e permanentes. E cuido da minha saúde, da minha alimentação, do meu descanso e das minhas atitudes.
E quando eu não posso doar, tento convencer alguém a se tornar doador. Porque se mais 2% da população doasse regularmente seria suficiente. Todos teríamos a certeza de que, se nós ou alguém que amamos algum dia precisasse, não faltaria sangue e que esse sangue seria de qualidade.
Eu tenho sonhado com essa realidade. E não sou a única no mundo. Organizações como a FIODS - Federação Internacional de Organizações de Doadores de Sangue (www.fiods.org) e a OMS - Organização Mundial de Saúde (www.who.org) , entre outras; tem batalhado para que dia após dia mais pessoas se tornem doadores altruístas, voluntários, não-remunerados e regulares de sangue.
Ser doador é fácil! Vença seus medos, receios, preguiça e procure o hemocentro mais próximo de você. E se por algum motivo, você não puder doar sangue, torne-se um embaixador dessa causa vital e divulgue-a, você estará salvando muitas vidas através daqueles que tornar doadores.
Doar sangue é uma gentileza sem tamanho, e faz o agora de muitos pacientes não apenas melhor, mas possível.
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