13 de jul. de 2010

Liderança transformadora

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Eu verdadeiramente acredito que todos podem ser um líder e transformar sua realidade.

Criar um agora melhor É possível e exitem várias maneiras pelas quais você pode encontrar apoio e ferramentas para auxiliá-lo. A Lucca Leadership é um exemplo que gostaria de partilhar.

O texto a seguir é um artigo sobre Liderança Transformadora e o sobre o trabalho desta organização que se tornou importante para mim ao me lembrar o que realmente importa de forma simples e efetiva.

Se curtir a leitura, por gentileza,ajude a promover o trabalho desta organização, seus programas e objetivos. 


Liderança Transformadora

Olhe a sua volta ou leia rapidamente as notícias! Não é difícil perceber que vivemos em um Mundo cheio de necessidades e desafios. A Organização das Nações Unidas sozinha destaca 22 problemas globais a serem solucionados. Neste cenário, a capacidade de promover e lidar com mudanças sustentáveis é essencial. Liderança Transformadora é esta habilidade de tornar realidade mudanças que promovam e beneficiem a humanidade; suprindo necessidades e desenvolvendo capacidades.

Ela começa com a consciência de nossos pensamentos, sentimentos, motivações internas, paixões e valores. Conforme esta consciência aumenta, começamos a entender como o que acreditamos e quem somos impacta em nossos pensamentos, sentimentos e ações. Um líder transformador é uma pessoa capaz de se conectar com suas verdadeiras paixões, motivações e sabedoria internas, de forma a despertar seu potencial em benefício de todos.

A Liderança Transformadora incentiva a inteireza do ser, de forma que nossos pensamentos, sentimentos e ações sejam consistentes. É a integridade e a autenticidade com que lideramos que ressoa com os outros, inspirando-os a seguir.

Ela também requer um entendimento sobre indivíduos e sociedades, engajando-se com estes, bem como a habilidade de colocar este entendimento a serviço de sua própria comunidade.

Esta abordagem da liderança nos transporta de um modelo restrito focado na competição entre indivíduos, times ou nações; à uma conexão com a totalidade de uma situação. É uma abordagem da liderança que cria soluções sustentáveis e evita as que beneficiam alguns em detrimento de outros.

Saímos de fazer uma venda a qualquer custo para a criação de relacionamentos duráveis e a busca de resultados socialmente responsáveis. No transporta de um foco reduzido no lucro a uma visão sustentável de contribuir como bem-estar da humanidade.

Liderança Transformadora é universalmente acessível pois todos temos as ferramentas necessárias em nós. Através do suporte adequado qualquer pessoa pode desenvolver e acessar os recursos internos de um líder.

A Lucca Leadership é um empreendimento social global estabelecido com o objetivo de atender a demanda crescent por treinamento, desenvolvimento constant e apoio a jovens, apaixonados por liderar mudanças positivas e confiantes de atender a necessidade por grande liderança no mundo de hoje.

Ela conduz programas de lidernaça transformadora; permitindo que jovens com idade entre 12 e 35 anos, de nacionalidades e históricos diversos, discubram seu propósito, clareiem suas visões e desenvolvam habilidades necessárias para tornar concretas mudanças que beneficiem suas comunidades, nações e, em última instância, a humanidade.

Esta geração emergente de líderes possui problemas complexos e desafiantes para resolver (como pobreza, fome, mudança climática, abuso de direitos humanos, entre outros), que requerem insights profundos e liderança forte de forma a garantir a transformação. No entanto, ao invés de ensinar os jovens o que pensar e liderar, a Lucca Leadership visa ensiná-los como pensar de forma efetiva e como liderar projetos que os inspire, servindo suas comunidades.

A Lucca Leadership é uma organização independente, gerida principalmente por voluntários; e nossos programas (leadership foundation, living leadership – coaching training, mentoring training) são realizados em diversos locais (comunidades, ONGs, Escolas, etc.) por nossas filiais no Reino Unido, Austrália, Irlanda, Estados Unidos, Macedônia, Holanda e África do Sul.

Para saber mais sobre liderança transformadora e como se inscrever nos nossos treinamentos, por favor, consulte nosso site: http://www.luccaleadership.org/.

21 de mai. de 2010

A gentileza de um toque

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Essa semana, eu recebi uma apresentação com um texto do livro "O poder de um toque" da autora Plyllis K. Davis; sobre a importância do toque nas diversas fases da vida de uma pessoa (copiado abaixo).

Assim que terminei de lê-lo pensei o quanto sou feliz de ter nascido em um país (e em uma família) em que o toque, o abraço, o carinho, o beijo é valorizado e aprendido desde muito cedo. E lembrei algumas situações em que isso ficou muito claro:

Minha recepção em um aeroporto europeu.
Imagine a cena: eu toda feliz desembarcando pela primeira vez sozinha na Europa para um evento de doadores de sangue. Ela, uma voluntária dinamarquesa com uma cara super amigável e uma plaquinha com meu nome. Claro, que assim que processei meu nome o primeiro impulso foi o de ir cumprimentá-la com um abraço. Qual não foi a minha surpresa ao sentir que a rigidez e confusão da pobre. “Será que estou com o desodorante tão vencido assim?” (pensei); mas logo percebi que era ela que não tinha idéia de como responder ‘àquilo’ então ficou parada esperando a ‘pessoa brasileira sentimental maluca’ (eu) ‘terminar’.

Uma conversa entre duas moças brasileiras e dois gajos portugueses.
Cena: eu e uma amiga tentávamos explicar a eles que era comum dar beijos de boa noite em nossos pais; que as crianças eram incentivadas (se possível desde as fraldas) a beijarem seus tios, avós, primos, etc; e que amigos não se constrangiam ou confundiam com se abraçar, beijar, tocar.
Diálogo:
Eles (assustados): “mas como vocês sabem a diferença?”
Nós (surpresas): “que diferença, menino?”
Eles: “Como vocês sabem que as pessoas não estão interessadas em vocês?”
Nós (um pouco confusas): “A gente sabe, ué?”.
E para explicar que é tudo uma questão de detalhes sutis! A intensidade do toque, linguagem corporal, olhares, sorrisos... Oras um xaveco é muito diferente de um carinho entre amigos. Não é OBVIO? Pra eles não era!

Um ano na Inglaterra e eu quase morrendo de inanição de toque.
Entenda o contexto: Ao contrário do que diz a lenda, os ingleses não são frios. Mas culturalmente eles têm uma forma diferente de demonstrar cuidado (normalmente fazendo uma xícara de chá), que não inclui tocar. Não que as pessoas não se abracem, mas é que você precisa primeiro descobrir quem são os “abraçadores” e aí, a gente, na preocupação de constranger alguém, perde essa espontaneidade gostosa de já chegar abraçando, cumprimentando com beijo.
Lembro de comentar o quanto um bom abraço me fazia falta em um evento após assistir este vídeo fantástico: http://www.youtube.com/watch?v=vr3x_RRJdd4 sobre essa campanha fantástica de abraços gratuitos. Resultado: ganhei abraços todos os dias e o negócio pegou. Eram pessoas gentis.

Tudo isso só para dizer que quando li o texto, nem havia pensado no blog. As últimas semanas foram exaustivas! Sem perceber, quase um mês se passou sem eu escrever ou mesmo pensar muito no assunto. Quem me chamou a atenção foi minha tia.

E olha, quanto mais pensava, mais concordava com ela! Primeiro porque se tem algo me mantém razoavelmente equilibrada quando estou passando por momentos turbulentos são demonstrações de carinho. Toques, beijos e abraços de atenção e apoio são gentilezas incomensuráveis. E acho impossível não se entregar ao momento, não estar 100% presente quando o carinho é óbvio e espontâneo. Eles têm essa capacidade de relaxamento instantânea. Tiram a tensão e trazem um sorriso no ato! Fazem nosso agora muito melhor. E quer saber, vicia! Aquela moça do aeroporto se tornou uma amiga querida que sempre me abraça forte quando nos encontramos.

Juro que eu poderia fazer uma tese de mestrado sobre o assunto, mas só quero mesmo deixar uma idéia! Faça seu dia melhor: abrace, beije, toque, faça massagem, dê apoio, cuidado, carinho a alguém! Mas faça sem receios, sem frescuras, sem medo de ser feliz e de fazer o outro feliz. Se entregue a esse momento e o curta o máximo possível. Depois me conte se isso fez seu agora melhor ou não! Eu sei lá, mas acho que fará e acredito que pessoas mais felizes têm mais energia para provocar mudanças e fazer um mundo mais feliz!


Segue o referido texto:

Me toque - Plyllis Davis

Se sou seu bebê,
Por favor, me toque.
Preciso de seu afago de uma maneira que talvez nunca saiba.
Não se limite a me banhar, trocar minha fralda e me alimentar,
Mas me embale estreitado, beije meu rosto e acaricie meu corpo.
Seu carinho gentil, confortador, transmite segurança e amor.

Se sou sua criança,
Por favor, me toque.
Ainda que eu resista e até o rejeite.
Insista, descubra um jeito de atender minha necessidade.
Seu abraço de boa noite ajuda a adoçar meus sonhos.
Seu carinho de dia me diz o que você sente de verdade

Se sou seu adolescente,
Por favor, me toque.
Não pense que eu, por estar quase crescido, já não precise saber que você ainda se importa.
Necessito de seus braços carinhosos, preciso de uma voz terna.
Quando a vida fica difícil, a criança em mim volta a precisar.

Se sou seu amigo,
Por favor, me toque.
Nada como um abraço afetuoso para eu saber que você se importa.
Um gesto de carinho quando estou deprimido me garante que sou amado, e me reafirma que não estou só. Seu gesto de conforto talvez seja o único que eu consiga.

Se sou seu parceiro sexual,
Por favor, me toque.
Talvez você pense que sua paixão basta, mas só seus braços detêm meus temores.
Preciso de seu toque terno e confortador, para me lembrar de que sou amado apenas porque eu sou eu.

Se sou seu filho adulto,
Por favor, me toque.
Embora eu possa até ter minha própria família para abraçar,
Ainda preciso dos braços de mamãe e papai quando me machuco.
Como pai, a visão é diferente, eu os estimo mais.

Se sou seu pai idoso,
Por favor, me toque.
Do jeito que me tocaram quando eu era bem pequeno.
Segure minha mão, sente-se perto de mim, dê-me força,
E aqueça meu corpo cansado com sua proximidade.
Minha pele, ainda que muito enrugada, adora ser afagada.

NÃO TENHA MEDO, APENAS ME TOQUE....

18 de abr. de 2010

Atitudes sem noção?

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“Estamos preocupados em criar um mundo melhor para nossos filhos... quando começaremos a pensar em criar melhores filhos para nosso Mundo? (Autoria desconhecida)”



Sexta-feira, 17 horas, na falta do que fazer em um ônibus, me ponho a observar discretamente as pessoas.

Pesco pedaços da conversa que um pai e seu filho de uns 13, 14 anos. O papo machista de “pegador” revelava o quanto nossa cultura ainda tem a evoluir em matéria de gênero e respeito; mas não foi o que me chamou mais atenção. Em certo momento, o pai, que bebia um refrigerante, faz menção de se levantar para jogar a garrafa vazia no lixo, e ocorre o seguinte diálogo:

Filho: “Joga aí não, vamos tacar na cabeça daquele cara ali!” (e aponta para uma pessoa na rua).
Pai: “Não, depois a garrafa vai para o bueiro e pode dar enchente!” (e joga a garrafa no lixo).

Fiquei pasma! Não sabia se aplaudia a consciência ecológica e social do pai ou me horrorizava com a falta de consciência humana de ambos. Será possível que nós tenhamos perdido tanto a noção?

Claro que ele brincava com a idéia da maldade, mas não é preciso nem sair do sistema público de transporte para perceber que talvez estejamos invertendo (só um pouquinho) os valores!

Não importa quão lotado o metrô esteja eu prefiro empurrar alguém a aguardar o próximo trem? Ignorar um zilhão de avisos e orientações e trombar com alguém, a esperar a pessoa sair de dentro do trem; ou atravancar as escadas rolantes a dar passagem? Me pendurar na porta de um ônibus, a buscar uma alternativa de viagem mais segura? Continuar fingindo que durmo a dar meu lugar, sabendo que quando envelhecer serei ignorada e tratada dessa forma?

Que atire a primeira pedra quem nunca fez qualquer uma dessas coisas. Eu também já fiz e tenho plena consciência de que mudar a atitude não é fácil, mas peraí, também não é tão difícil.

Será que demora tanto assim eu ajudar alguém se matando para subir uma escada com uma mala, se eu já ia subir a escada de qualquer forma? Isso realmente vai me atrasar? E atrasar para que?

Eu fiz o teste na sexta mesmo. Se eu demorei 30 segundos mais do que iria demorar foi muito. E quer saber o que é mais engraçado? A pessoa pegou a mesma lotação que eu. Ela ficou agradecia, eu saí exatamente no mesmo horário que teria saído, ajudando ou não.

Quando ignorar ou machucar ao invés de ajudar alguém; e rir da própria desgraça ao invés de buscar alternativas para melhorar; se torna a regra, que tipo de seres humanos viramos? Por que estamos fazendo o que estamos fazendo, mesmo? E como podemos criar um mundo melhor, se tratamos os seres humanos como lixo para começar?

Eu não sei todas as respostas, mas tenho convicção de uma coisa: quero viver em um mundo onde pessoas sejam prioridade, tratadas com o devido respeito e consideração que merecem; e isto inclui a mim e ao outro. Para isso, eu preciso parar, pensar no que estou fazendo e mudar minha atitude. Não existe outra forma! A mudança para um agora melhor começa em mim, e recomeça a cada segundo.

10 de abr. de 2010

Doação de Sangue – o prazer de salvar vidas

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Sexta eu fiz algo que sempre me dá enorme alegria: doei sangue.

Para alguns pode parecer paradoxal. “Sangue? Agulha? Alegria? Eu hein?!”. Mas para mim, doar sangue é prazer, cidadania, oportunidade de salvar vidas. E confesso, ainda tenho a esperança de que um dia, seja esse o significado para muito mais pessoas.

Além do mais, eu doo porque sangue não brota em bica d’água. Eu doo apesar da agulha, apesar de já ter ficado com hematoma e de já ter desmaiado. Eu doo sangue porque qualquer incômodo passa rápido em comparação com uma vida que permanece. E depois de algumas vezes nada disso volta a incomodar ou mesmo acontecer.

Eu doo de forma voluntária, de graça mesmo! Não preciso de troca, desconto, benefício, muito menos de dinheiro. Meu sangue não está à venda. Qual valor pagaria o custo de uma vida?

Eu também prefiro doar para desconhecidos. Além da tranqüilidade de não ter ninguém que eu conheça precisando de sangue, gosto de pensar que se todos fizessem o mesmo, num momento de necessidade ninguém precisaria entrar em desespero para conseguir doadores de reposição. Nenhuma cirurgia importante seria adiada, nenhuma emergência correria o risco de ficar descoberta.

E eu doo regularmente de 02 a 03 vezes por ano, porque em nosso país apenas 1.8% da população é doadora. E tem sido assim pelos últimos 10 anos. Eu também doo consciente. Sigo as regras, e procuro me informar sobre as razões científicas para impedimentos temporários e permanentes. E cuido da minha saúde, da minha alimentação, do meu descanso e das minhas atitudes.

E quando eu não posso doar, tento convencer alguém a se tornar doador. Porque se mais 2% da população doasse regularmente seria suficiente. Todos teríamos a certeza de que, se nós ou alguém que amamos algum dia precisasse, não faltaria sangue e que esse sangue seria de qualidade.

Eu tenho sonhado com essa realidade. E não sou a única no mundo. Organizações como a FIODS - Federação Internacional de Organizações de Doadores de Sangue (www.fiods.org) e a OMS - Organização Mundial de Saúde (www.who.org) , entre outras; tem batalhado para que dia após dia mais pessoas se tornem doadores altruístas, voluntários, não-remunerados e regulares de sangue.

Ser doador é fácil! Vença seus medos, receios, preguiça e procure o hemocentro mais próximo de você. E se por algum motivo, você não puder doar sangue, torne-se um embaixador dessa causa vital e divulgue-a, você estará salvando muitas vidas através daqueles que tornar doadores.

Doar sangue é uma gentileza sem tamanho, e faz o agora de muitos pacientes não apenas melhor, mas possível.

31 de mar. de 2010

Detalhes

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Essa semana estive refletindo sobre como ser gentil com o outro pressupõe mais que boa vontade! Pressupõe presença e atenção aos detalhes. Uma atitude mais observadora, de menos julgamento e de mais comunicação.

O insight veio de algo tão simples como um café da tarde com meus pais. Costume em casa que demonstra como cada ser humano é único. Meu pai gosta de usar uma xícara pequena, pratinho, uma mini colher e adoçante! Minha mãe uma xícara média, colher média e açúcar mascavo! Eu uma caneca, colher maior e açúcar branco.

Perdi a conta de quantas vezes, por falta de atenção, por pensar que isso não era importante, e até por preguiça; ignorei essas diferenças. A gentileza de fazer o café ficava incompleta, eles tinham que trocar pelo que preferiam. No fundo, se tivesse prestado atenção o “trabalho” seria o mesmo e o resultado muito melhor.

O negócio é que a gente tende a esquecer que cada pessoa é um universo; e que não viemos com bola de cristal acoplada a cintura para adivinhar o que se passa no mundo do outro. A gente acha que está fazendo o que é “certo” e que isso basta. Mas será que o eu considero como “certo”, como “bom”, como “seja o que for”, é realmente o que o outro pensa, quer ou precisa?

É mais ou menos como fazer um cego, que apenas aguardava alguém em uma esquina, atravessar a rua só porque ele está parado lá; e não entender porque ele ficou puto. “Mas e a sua super boa vontade em fazer uma gentileza; como pôde ele não levar isso em consideração?” Pois está aí a prova de que nem sempre a intenção é o que vale.

No dia a dia com nossos conhecidos é semelhante! Com o tempo e o convívio coisas pequenas acabam virando a gota d’água. De um lado, o que tenta acertar se sente desvalorizado, do outro o que abre mão ou tem que constantemente reforçar o que quer, também. A solução é simples, ou quase! Perguntar, ao invés de assumir que sabe ou julgar o que o outro está pensando, é sempre um bom começo. Mas eu acredito que a atenção aos detalhes também faz diferença.

Estamos constantemente oferecendo pistas do que gostamos ou precisamos, através de falas, exemplos e atitudes. E como diz o ditado popular; “para bom entendedor, meia palavra basta”. E se você já teve agradáveis surpresas como: ganhar um bombom de alguém porque sabia que era seu preferido; comentar que está com a garganta pegando e alguém bater na porta do seu quarto com uma caneca de chá quente depois de 15 minutos; receber uma caneta emprestada no meio de uma reunião porque alguém viu que a sua estava falhando; ou qualquer outro tipo de gentileza atenciosa e inesperada; sabe do que estou falando.

Por isso, hoje eu procuro ouvir, observar, perguntar, prestar atenção aos detalhes que importam para o outro e naquilo que possam estar precisando naquele momento. Todos são gentilezas em potencial! E cada vez que eu as aproveito e faço alguém mais feliz, deixo alguém mais tranqüilo, reforço meu amor ou minha amizade, certamente melhoro meu agora e meu futuro. A gentileza e a atenção têm essa capacidade fantástica de deixarem o presente melhor e de retornarem a nós de uma forma ou de outra.

22 de mar. de 2010

Sustenta quem?

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“Sustentabilidade: suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas” (Relatório de Brundtland, 1987).

Sustentabilidade é um conceito abrangente que toca em aspectos econômicos, sociais e ambientais e que eu não vou explorar aqui. Se você tiver interesse, existe uma infinidade de informação sendo produzida sobre o assunto, e em breve eu monto um post com alguns links interessantes.

Sustentabilidade é também um termo em moda. Uma palavra bonita, que chama atenção, mas cuja praticidade escapa a maioria dos mortais.

Certamente, você ou alguém que você conhece, já se perguntou: “Ok? E o que eu que vivo aqui, agora e confesso nem sei se quero contribuir para as gerações futuras com um filho, ganho com isso?” Afinal de contas, nossa geração além de sofrer com a falta de consciência e ganância exacerbada das gerações anteriores, ainda tem que se privar do próprio conforto em benefício das gerações futuras? Pera lá, pô!

Mas, e se sustentabilidade puder ser uma gentileza também para comigo, além de com os outros e com o mundo, nesse momento?

Por isso, o que eu quero aqui é chamar atenção para a aplicabilidade do conceito na criação de um AGORA melhor e não um futuro melhor.

Vamos pegar uma temática dentro da constelação de temas de sustentabilidade já bem conhecida e divulgada: os três R’s: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. E só para ilustrar, vamos focar só no primeiro, só nos benefícios pessoais e em atitudes práticas (o mérito simbólico de quanto abrir espaços é benéfico para o coração e a alma fica para outro dia):

• Se os saquinhos de supermercado na sua casa parecem se multiplicar durante a noite em uma gaveta ou porta-saquinhos, você sabe bem qual é a vantagem de levar uma sacola própria ou mochila ao supermercado.
• Máxima observada por empresários, economistas e donas de casa: mantidas demais variáveis, menos gastos significa uma sobrinha no final mês para você usar como quiser. Enjoou da decoração da sua sala? Por que não re-decorar com objetos que seus melhores amigos guardaram e não usam mais? E fazer disso não só um momento de estar com pessoas queridas, mas uma oportunidade de ter algo perto de você com a energia daquela pessoa, lembrando constantemente o quanto você é feliz por ter amigos? Além de tudo você ainda estará ajudando eles a reutilizarem.
• E eu preciso mesmo ilustrar os benefícios acoplados a economizar água tomando banho junto? Que seja uma vez por semana para não cair na rotina, vai!

E como essas, existe um zilhão de idéias! Sustentabilidade não precisar ser um tema chato e cansativo! Não precisa entrar na nossa realidade como um peso e uma cobrança de que, caso a gente falhe em fazer “as coisas direitinho”, o mundo vai acabar!

Claro que garantir que as necessidades das gerações futuras possam ser supridas é essencial. Mas vamos fazer também a gentileza de não assombrá-las com o peso dos nossos "sacrifícios"? Existem formas mais positivas, criativas e divertidas de se olhar para esse tema, e de torná-lo parte da nossa vida. Que tal, ao invés, nos transformarmos em lendas do assunto? Vivermos histórias divertidas para, além de ficarmos mais felizes agora, termos o que contar para as gerações futuras?

19 de mar. de 2010

Alguns videos

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Usar o cinto de segurança é lei. No entanto, se você tiver algum problema em seguir a lei, pense em usar o cinto de segurança como uma forma de gentileza, com você e com àqueles que se preocupam com você. Esse video super lindo ajuda a pensar sobre o assunto:


A mensagem em inglês no final diz: Aproprie-se (abrace) da vida. Sempre use o cinto de segurança.


O segundo é um discurso extraordinário proferido por Aimee Mullins, uma pessoa extraordinária! Nos faz pensar sobre o poder das palavras, sobre dançar com a adversidade, sobre o raro e o maravilho, e sobre o espírito humano! Uma verdadeira lição sobre como escolhas em coisas simples são capazes de nos ajudar a criar um agora melhor! O video está em inglês!

 

13 de mar. de 2010

Sobre Mesas

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Ontem sai com alguns amigos destes muito próximos, com os quais você se sente em casa independente de onde esteja, sabe?! Fomos a um típico ‘buteco’: mesa de madeira na calçada, cadeira um pouco desconfortável, ambiente escurecido, cerveja trincando e comida gorda, daquela que dá água na boca só de ler o cardápio.

Enquanto esperava por eles, não sabia bem o que fazer comigo. Inquieta; observava as pessoas ao redor, lia e relia o cardápio, olhava constantemente a hora no celular, mandava mensagens... A única coisa que fazia com um pouco mais de parcimônia era tomar minha cerveja (porque caso contrário corria o risco de já estar bêbada quando eles chegassem).

Todos vieram praticamente ao mesmo tempo; e eu, virei outra pessoa! Uma muito mais parecida comigo e de quem gosto muito mais. Era só sorriso e brincadeira, e até as preocupações se transformaram em motivos de piada.

Na nossa mesa havia de tudo: gente que bebe e que não bebe; cristãos e pagãos; corintianos, são-paulinos e palmeirenses; carnívoros e vegetarianos. Mas, acima de tudo, havia uma total inexistência de rótulos e julgamentos. Ninguém “devia ser ou fazer” diferente; ninguém queria que o outro fosse algo que não ele mesmo. Não havia estresse ou cobrança, e nem na hora da conta o clima mudou.

Enquanto estive com eles, esqueci o resto do boteco, esqueci o celular-relógio. Para mim, o tempo desapareceu! Eu estava exatamente onde queria e devia estar! Presente! Inteira!

E é exatamente por tudo isso que eu sou uma apaixonada por mesas... Não o objeto, o símbolo!

Seja de boteco, de casa, de restaurante, de café, de refeitório, de república, de jardim; a mesa é o lugar onde existiu presença e partilha, igualdade, calor humano, nutrição de corpo e alma.

Além disso, mesa é sempre lugar de gentilezas... “deixa que eu sirvo”, “me passa o sal, por favor?”, “alguém quer mais um pedacinho?”, “nossa, que delícia, você precisa me dar essa receita!”, “deixa que eu lavo, afinal você teve todo o trabalho de cozinhar”, “opa, passa o copo aqui que ele não pode ficar vazio”, “cadê o pano de prato pra enxugar a louça?”, “trouxe esse vinhozinho para gente tomar com a pizza”, “ou, precisa de ajuda?”, “tchi considero pra caramba, viu”...

Uma mesa bem vivida é uma memória que permanece, mesmo que as pessoas não estejam mais lá, ou que o momento já tenha passado. Ela sobrevive à distância de oceanos. E olha que eu posso falar isso com a propriedade de quem chama conversas no Skype de “tomar um café” só porque um dia elas foram conversas e cafés de verdade. Momentos de mesa.

Mesas que têm pouco a ver com o tipo ou a quantidade de comida ou a bebida que você ingere, e muito com a forma como você o faz. Uma mesa bem vivida transforma seus participantes, alimenta a alma, adoça a vida, abre espaço para novos conhecimentos, proporciona cura, acalma anseios, estabelece elos.

Na minha família, um cafezinho quase nunca é só um cafezinho e um almoço de domingo sempre acaba se transformando em um mini-evento. E é por isso que eu não me conformo de almoçar na frente da TV ou do computador. E é também por isso que eu insisto tanto em almoços, happy hours e jantares; cafés reais e virtuais; eles sempre fizeram e fazem meu agora muito melhor!

8 de mar. de 2010

5 minutos e o dia das mulheres

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Não muito tempo atrás, eu li um livro muito bom chamado “The mind gym” (Mais ou menos: Academia da mente). Você pode encontrar mais informações sobre ele e outras atividades de seus autores neste site (em inglês): http://www.themindgym.com/.

O livro sugere exercícios simples que aumentam a eficiência da nossa mente, muitos deles trazendo sua atenção para o ‘agora’. Essa semana eu me lembrei de um que chamei de “5 minutos”. Ele consiste exatamente em focar sua atenção no que você está fazendo por mais ‘5 minutos’ antes de fazer um lanchinho, ligar o rádio ou passar para a próxima atividade. Combinado com uma lista de coisas a serem feitas e preferencialmente terminadas; o exercício faz milagres.

A semana, de certa forma, foi o inverso da anterior. Completei atividades sem dispersar (muita) energia em viagens mentais e distrações online. Cansei menos e me senti muito melhor porque obtive resultados propostos e isso melhorou meu humor e minha gentileza (comigo e com os outros). Além disso, tive muito mais energia para aproveitar os momentos de diversão e, por exemplo, dançar por 4h ininterruptas na sexta (confesso que o sapato confortável e a companhia facilitaram o cumprimento da tarefa).

O desafio desta semana é manter o ritmo nem que seja só por mais 5 minutos.

Em paralelo, aproveito o “Dia internacional das mulheres” para uma sugestão: seja gentil com uma mulher esta semana! Especialmente se ela for você!

E acostume-se a fazer isso com mais freqüência. Se a data existe é porque certamente por muito tempo nós nos esquecemos que merecemos gentileza. Gentileza que é sinônimo de respeito a quem somos; nossas características pessoais; nossos desejos, sonhos e necessidades; nossa força gentil; nossa inteireza.

Sendo gentis com nós mesmas seremos gentis com todos. Nenhuma mulher acostumada a gentilezas aceita outra atitude de outras mulheres e homens. Sendo gentis com nós mesmas ajudaremos a mudar paradigmas e criaremos um agora melhor. Eu sonho com um dia em que não mais precisemos de um “dia internacional” para lembrarmos a nós mesmas e ao mundo o nosso valor. Até lá, desejo à todas as mulheres um “gentil e feliz dia das mulheres”.

28 de fev. de 2010

Uma frase, muitos significados

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“Se minha mente for capaz de inventar e meu coração de acreditar, eu sei que serei capaz de alcançar” (Jesse Jackson).

Aprendizados da semana:

“Quando a mente inventa demais o corpo também padece!”.
Falta de equilíbrio entre horas na frente do computador e horas de ócio criativo, produzem dores no corpo, na cabeça, nos olhos e dificuldade de dormir e relaxar. Acredite!

“Nem tudo que nossa mente inventa nosso coração acredita!”
Se você é criativo como eu e costuma jogar na mega acumulada; certamente já se viu rindo sozinho no metrô imaginando-se trilhardário. Mas também certamente já se pegou pensando frases como “mas é impossível ganhar”, etc. Em escala menor o conceito serve para qualquer projeto superimaginado ou para uma série de barreiras que nos colocamos para atingir resultados. Às vezes a mente inventa demais; às vezes o coração acredita de menos.

“É possível aprender a ser presente pelo amor ou pela dor!”
Eu te desafio a não ficar presente durante uma sessão de depilação com cera! Você pode tentar visualizar riachos e passarinhos cantando o quanto quiser, mas basta uma puxada para te trazer completamente para o agora. Aprender pela dor sempre é possível, mas será que é uma escolha melhor do tentar ficar presente num jantar com amigos, por exemplo?

“Para alcançar o que nosso coração acredita é preciso manter a mente focada no agora”
Até que o ser humano invente o teleporte, chegar de um lugar a outro significa dar um passo atrás do outro (ou voar quilômetro atrás de quilômetro, etc). Grandes projetos são feitos de pequenas atitudes cumulativas. Presença é essencial já que em muitos casos manter o foco não significa saber onde se quer chegar, mas ser capaz de agir de forma a realizar a viagem.

“Gentilezas honestas e presença produzem resultados naturais e melhores que compulsão por atingir resultados”.
Resultados são consequências; por mais que possam ser planejados estão fora do nosso controle direto. No entanto, eu acredito que para atrair abelhas deve-se usar mel. Ações positivas geram reações positivas; coerência entre ação e discurso também.



Ou seja, concretamente, esta semana eu refleti sobre coisas que precisava e queria fazer. Caderninho na mão; coloquei uma a uma as coisas que achava importante e defini algumas ações iniciais.

Com uma lista básica de 05 páginas: fechei o caderninho; guardei na cabeça algumas ações e com aquela sensação de tarefa cumprida; me dei o direito de navegar na Internet. E aí... não abri mais o caderninho! Passei horas no computador entre e-mails e joguinhos no facebook, artigos e filmes. Achei coisas inspiradoras, mas achei também coisas que me fizeram perder tempo desconectando do agora.

Na minha mente uma voz (devia ser a do Jesse Jackson) dizia que eu era capaz de alcançar qualquer coisa, e que eu devia mirar no mínimo em Hollywood. E como, “nem tudo que nossa mente inventa nosso coração acredita!”; passei horas no computador pensando em um zilhão de “E SEs?”; mas sem nenhum resultado concreto. Nem dormia direito e quase fiquei doente. Pois é, “quando a mente inventa demais o corpo também padece!”

Pior, ao fazer planos malucos, deixei de prestar atenção no que era essencial: como aos detalhes! No meio do caminho (que é bem longe) para uma aula de Kung Fu, eu lembrei que tinha esquecido a calça. Voltei bufando pra casa, querendo socar alguma coisa de tanta raiva de mim mesma. Com o mau humor, a gentileza (tanto para comigo como para com os outros) desapareceu. Mas, ao menos, eu dei um encontrão com a realidade. E me lembrei que “é possível aprender a ser presente pelo amor ou pela dor!”

No dia seguinte respirei fundo e recomecei, trazendo os planos para a realidade e as ações para o presente. Arrumei o blog e investi tempo em alguns os projetos que necessitavam de atenção. Fiz que era o possível no momento e logo recebia alguns comentários de apoio (virtuais e presenciais). Seu valor simbólico foi o suficiente para me lembrar que “para alcançar o que nosso coração acredita é preciso manter a mente focada no agora”.

As pequenas vitórias me ajudaram a retornar ao centro e a ser capaz de ser gentil, o que levou a divulgar o blog em um nível inesperado. Ao mesmo tempo, gentilezas antigas retornaram e trouxeram resultados. Confirmando que “gentilezas honestas e presença produzem resultados naturais e melhores que compulsão por atingi-los”, e trazendo a esperança de que estou efetivamente a caminho de um agora melhor!